Jump to content

Cinco coisas que aprendi lendo Mulheres que Correm com os Lobos, sendo homem


Recommended Posts

Cinco coisas que aprendi lendo Mulheres que Correm com os Lobos, sendo homem

A mulher nĂŁo precisa ser salva. Precisa ser ouvida.
Logo nas primeiras pĂĄginas, entendi que nĂŁo era um livro sobre mulheres. Era sobre humanidade. Sobre pulsĂ”es. Sobre silĂȘncios. E sobre tudo o que a cultura domesticada tenta podar. Como homem, cresci ouvindo que deveria ser o forte, o protetor, o guia. Mas Clarissa me mostrou o contrĂĄrio: que o feminino selvagem sĂł quer espaço pra existir, sem interferĂȘncia. E quando interfere, a gente mata o lobo — e junto com ele, a dança, o sonho e o instinto.

Tem lobo dentro de todo mundo — inclusive de mim.
O tal do arquĂ©tipo nĂŁo Ă© sĂł uma abstração de psicĂłlogo junguiano. Ele grita dentro da gente. E grita mais ainda quando passamos a vida ignorando que hĂĄ algo latente, primitivo, essencial. Vi meu lobo acuado por anos. A cada meta batida. A cada terno passado. A cada silĂȘncio conveniente. A leitura escancarou que o selvagem nĂŁo Ă© ameaça. É bĂșssola.

Escutar histórias cura mais que dar soluçÔes.
Eu, que sempre achei que escutar era a antessala do conselho, entendi que escutar é o próprio remédio. As histórias que o livro traz são como fogueiras ancestrais. A gente senta, ouve, cala, e sai diferente. E nesse processo, descobri que escutar uma mulher é mais transformador do que tentar salvå-la do próprio enredo.

A mulher ferida nĂŁo precisa de conserto. Precisa de espelho.
Quantas vezes, sem perceber, quis consertar? Oferecer lĂłgica pra dor, atalho pra angĂșstia, ou um plano de ação para a saudade? Clarissa esfrega na cara da gente que o caminho nĂŁo Ă© esse. O que a mulher precisa, e o que qualquer ser humano precisa, Ă© se ver com honestidade, com compaixĂŁo — e com coragem de mergulhar no breu.

Ser homem nĂŁo Ă© estar no controle. É saber quando soltar a rĂ©dea.
A masculinidade que aprendi era uma cela: armada, ereta, contida. Mas ali, lendo sobre a mulher selvagem, percebi o tanto de liberdade que eu mesmo havia perdido. NĂŁo por culpa de ninguĂ©m — mas por uma cultura que tem medo do que nĂŁo pode controlar. E ser homem, hoje, Ă© ter coragem de dizer: nĂŁo sei, me ensina, me mostra o caminho da floresta tambĂ©m.
Ganhei o livro ontem ...vou demorar um pouco a le-lo... mas estou ansiosa para. rs
Algema cadeia corda de alpinista essas sĂŁo sĂł uma das coisas
  • 2 weeks later...
Quanto bla, bla, bla eu achando que estava no final mais estava no começo do texto.
  • 1 month later...
O problema não é "soltar rédeas" o problema é acabar com sua masculinidade e destruí a si próprio para obedecer discursos ideológicos e hipócritas que querem apenas te manipular.
×
×
  • Create New...